Vinte e cinco famílias do Assentamento Nova Conquista, em Cuiabá, estão vivendo em situação precária pela falta de apoio do governo do estado e da Prefeitura. Há mais de um ano, os moradores receberam a promessa de apoio à produção de hortifrutis e investimentos para o local. Hortas seriam projetadas para que as pessoas com deficiência que vivem no local pudessem conduzir sozinhas a atividade e retirar dela o próprio sustento. No entanto, um ano depois de assentadas, as famílias reclamam que aquilo que foi prometido não foi cumprido. O poder público e o Banco do Brasil prometem mais investimentos para os assentados.
A agricultora assentada Evelyn Taques Guimarães, por exemplo, se esforça para manter a pequena criação de suínos e peixes. Segundo ela, a criação dos peixes ainda não deu o retorno esperado. “Por enquanto, ainda não está dando retorno porque era para a gente vender na Semana Santa mas, o nosso peixe não tinha alcançado o peso ideal”, disse.
Ao todo existem 14 tanques no assentamento. Todos foram perfurados há cerca de um ano, período em que os pequenos produtores do local viram a expectativa de ter uma nova fonte de renda ser transformada em frustração. Os tanques foram construídos pela Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Sedraf) mas, segundo a própria entidade, do jeito que estão ainda devem demorar para gerar alguma renda.
“Falta uma análise técnica no tanque para dar uma revitalização. Tirar os peixes, secar e fazer uma forma adequada para que possa dar uma outra visão”, comentou o coordenador de economiasolidária da Sedraf, Fábio Rondon.
O agricultor assentado Ari Cavion tenta manter a pequena horta em um solo cheio de pedra. “A terra não ajuda, mas mesmo assim a gente começou a produzir um pouquinho para ver se dá alguma coisa”, comentou. A produção de cebolinhas e berinjelas não avança. Faltam recursos e principalmente assistência técnica. “Só estou eu e a graça de Deus esperando para ver se vem ajuda do estado e da Prefeitura. Nós estamos esperando há mais de um ano, mas eu creio que eles ainda vão nos ajudar”, completou Cavion.